Como tudo começou...
Sendo certo que a maioria dos nossos alunos até gosta de ouvir e/ou ler poesia ou que, pelo menos, lhe "acham alguma piada", também é comum ouvirmos muitas vezes um coro de vozinhas relutantes quando toca à produção deste tipo de texto. Frases como "Ai, isso é muito difícil professora!" ou "Eu cá nunca vou ser capaz!" surgiram no transacto ano lectivo, na minha turma, quando resolvi lançar os meus alunos na descoberta da poesia e na potenciação das capacidades poéticas. Lembro-me de lhes ter dito que, tal como tudo, para aprendermos a gostar de fazer alguma coisa é preciso experimentarmos, para depois podermos dizer se conseguimos fazer ou não, mas os narizitos continuavam torcidinhos e o olhar desconfiado.
Apoiei-me, para início de aventura, no livro "O poeta faz-se aos dez anos" de Maria Alberta Menéres, seguindo muito de perto as sugestões da autora. Fizemos poemas numéricos, palavra puxa palavra, acrósticos... e a poesia começou a nascer!
Estes foram alguns dos muitos trabalhos que surgiram e que me incentivaram a continuar a nossa árdua caminhada pelo mundo da poesia.
Poema sentido
Orgulhoso de o ser.
Extraordinário e brilhante
Sai da lua,
Inspira-se no Sol...
Agora é só ler!
André Matias
Verde é a cor da erva
Erva que empresta o seu verde à esperança
Esperança que dá vida à imaginação
Imaginação que é beleza
Beleza interior
Interior que é fascinante
Fascinante é o verde do campo!
Gonçalo Romero
O passo seguinte passava por transformar na cabeça das "minhas crianças" a ideia do poeta, enquanto quase imagem fictícia, que conheciam das pesquisas que faziam ou dos poemas que liam, no ser humano que, tal como ele, fala, ri, chora... E que talvez, tal como eles, também tivesse tido inicialmente as mesmas angústias, medos ou incertezas em relação às suas capacidades poéticas.
Este importante passo só foi possível dar, graças à minha aluna Cláudia Chagas e aos seus pais, que conhecendo o poeta Paulo Afonso, se prontificaram em conseguir que ele viesse à nossa escola.
A sua vinda foi um sucesso, tal como foi descrito pela minha colega Rita no blog De Mãos Dadas.
Foi pois com imensa alegria que, já no presente ano lectivo, recebemos novamente a visita desse extraordinário ser humano que é Paulo Afonso.
EB1 Av. Heróis do Ultramar - 3.º ano
Prof. Quinita Diniz
Sendo certo que a maioria dos nossos alunos até gosta de ouvir e/ou ler poesia ou que, pelo menos, lhe "acham alguma piada", também é comum ouvirmos muitas vezes um coro de vozinhas relutantes quando toca à produção deste tipo de texto. Frases como "Ai, isso é muito difícil professora!" ou "Eu cá nunca vou ser capaz!" surgiram no transacto ano lectivo, na minha turma, quando resolvi lançar os meus alunos na descoberta da poesia e na potenciação das capacidades poéticas. Lembro-me de lhes ter dito que, tal como tudo, para aprendermos a gostar de fazer alguma coisa é preciso experimentarmos, para depois podermos dizer se conseguimos fazer ou não, mas os narizitos continuavam torcidinhos e o olhar desconfiado.
Apoiei-me, para início de aventura, no livro "O poeta faz-se aos dez anos" de Maria Alberta Menéres, seguindo muito de perto as sugestões da autora. Fizemos poemas numéricos, palavra puxa palavra, acrósticos... e a poesia começou a nascer!
Estes foram alguns dos muitos trabalhos que surgiram e que me incentivaram a continuar a nossa árdua caminhada pelo mundo da poesia.
Poema sentido
Orgulhoso de o ser.
Extraordinário e brilhante
Sai da lua,
Inspira-se no Sol...
Agora é só ler!
André Matias
Verde é a cor da erva
Erva que empresta o seu verde à esperança
Esperança que dá vida à imaginação
Imaginação que é beleza
Beleza interior
Interior que é fascinante
Fascinante é o verde do campo!
Gonçalo Romero
O passo seguinte passava por transformar na cabeça das "minhas crianças" a ideia do poeta, enquanto quase imagem fictícia, que conheciam das pesquisas que faziam ou dos poemas que liam, no ser humano que, tal como ele, fala, ri, chora... E que talvez, tal como eles, também tivesse tido inicialmente as mesmas angústias, medos ou incertezas em relação às suas capacidades poéticas.
Este importante passo só foi possível dar, graças à minha aluna Cláudia Chagas e aos seus pais, que conhecendo o poeta Paulo Afonso, se prontificaram em conseguir que ele viesse à nossa escola.
A sua vinda foi um sucesso, tal como foi descrito pela minha colega Rita no blog De Mãos Dadas.
Foi pois com imensa alegria que, já no presente ano lectivo, recebemos novamente a visita desse extraordinário ser humano que é Paulo Afonso.
EB1 Av. Heróis do Ultramar - 3.º ano
Prof. Quinita Diniz
2 comentários:
eu como autor de um dos poemas acho que o blog esta exclente e que deviam por mais trabalhos da escola e.b.1 avenida herois do ultramar. assinado gonçalo romero
Quinita,
Que boa foi a visita de Paulo Afonso! Tive a sorte de o testemunhar.
E que bom é estares a entrar por esse caminho da poesia. Poesia é olhar o simples e o mais complexo, é compreensão de nós e dos outros, é falar com as nossas emoções, é bater as asas e voar por aí fora...
Espero continuar a ver neste cantinho muita e bela POESIA a pintá-lo de múltiplas cores.
Beijinhos para todos.
Rita Carrapato
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